Sucesso não traz felicidade! Ela é um pré-requisito.

A exatas duas semanas eu finalizava a leitura do livro “O jeito Harvard de ser feliz” e decidi colocar em prática tudo que o autor Shawn Achor, de forma brilhante, descobriu junto com sua equipe de pesquisadores e compartilhou nesse livro.

Hoje, após praticar as 7 regras durante essas duas semanas que se passaram, posso afirmar convicto de que as práticas sugeridas funcionam e eu já estou colhendo os frutos do pensamento positivo, que tem elevado meus níveis de felicidade de forma impressionante, tanto no trabalho como na vida pessoa.

Por esse motivo eu decidi escrever um resumo do livro e compartilhar com você! Segue abaixo uma síntese feita por mim, espero que goste.

PARTE 1 – A PSICOLOGIA POSITIVA NA PRÁTICA

Descubra o benefício da felicidade

“A mente é um lugar em si mesma, e em si mesma pode fazer do céu um inferno, e do inferno, o céu”. John Milton (Paraíso Perdido).
A interpretação da realidade altera a nossa experiência de realidade.
As pesquisas realizadas no campo psicológico focam nos aspectos negativos da psicologia muito mais no que nos aspectos positivos (na proporção 17 para 1). Por isso sabemos muito bem como é estar mal e infeliz e tão pouco sobre como ter prosperidade.
O padrão de manter o foco no negativo permeia não apenas nas pesquisas e instituições de ensino, mas também na sociedade (basta ligar a TV e assistir ao noticiário).
Em 1998 Martin Seligman, presidente da American Psychological Association deu inicio a fomentação ao estudo do lado positivo da psicologia, nascendo a “psicologia positiva”.
O cérebro é configurado para apresentar o melhor desempenho não quando esta negativo ou neutro, mas quando está positivo.

O beneficio da felicidade no trabalho

Estudos já comprovaram que CEO’s podem se tornar 15% mais produtivos e gestores podem aumentar em 42% a satisfação do cliente.
Existe um conjunto de ferramentas que qualquer pessoa, não importa a profissão ou área de atividade, pode utilizar para elevar a cada dia seu nível de realização.
Essas ferramentas podem ser utilizadas não somente para vida profissional, elas ajudam a superar obstáculos, livrar-se de maus hábitos, tornar-se mais eficiente e produtivo dentre outros benefícios.
Ser feliz não é acreditar que não precisamos mudar, é perceber que podemos.

Mudar é possível

A crença de que somos apenas nossos genes é um dos mitos mais perniciosos da cultura moderna, a noção de que as pessoas vêm ao mundo com determinado conjunto de habilidades e que elas, e o cérebro delas, não têm como mudar.
A mudança cerebral, antes considerada impossível, é hoje um fato bem conhecido, sustentado por algumas das pesquisas mais rigorosas e de vanguarda na área da neurociência.

PARTE 2 – OS SETE PRINCIPIOS

Principio 1: O benefício da felicidade

Estratégias para melhorar o estado de espírito:

Meditar;
Encontre algo pelo qual aguardar com expectativa (ex.: uma visita ao escritório de um amigo ou um happy hour na padaria);
Adote gestos conscientes de bondade: : Pagar um lanche na padaria a um desabrigado;
Injete positividade no ambiente de trabalho: fotos da família e lembranças de viagens;
Exercite-se;
Gaste dinheiro (mas não com coisas);
Exercite um dos seus pontos fortes.

Principio 2: O ponto de apoio e a alavanca

É possível alterar o modo como vivenciamos o mundo ao nosso redor: mover o ponto de apoio facilita movimentar, com a alavanca, grandes objetos.
A construção mental das nossas atividades diárias, mais do que a atividade em si, é que define a nossa realidade.
Pense no trabalho como algo bom, uma missão! E não apenas que esta ali para ganhar dinheiro.

Principio 3: Efeito Tetris

Quanto mais desenvolvemos a nossa capacidade de procurar e encontrar elementos negativos, mais deixamos de ver o positivo!
Um padrão cognitivo que reduz nossas taxas de sucesso em geral.
Exercício para ancorar o efeito tetris positivo: Fazer uma lista diária “3 coisas boas” com 3 aspectos positivos do trabalho, carreira e vida que ocorreram nas ultimas 24hs.

Principio 4: Encontre oportunidade na adversidade (Crescimento pós traumático)

Em todo mapa mental, depois de uma crise ou adversidade, três caminhos mentais es fazem presentes: Um negativo (você se sente pior do que antes – POR ISSO PESSOAS TEMEM CONFLITOS), um neutro (nada muda) e um positivo (você aprende e sai vitorioso mesmo na adversidade).
Se formos capazes de considerar o fracasso como uma oportunidade de crescimento, teremos muito mais chances de crescer.
Pessoas que conseguem se levantar da queda com mais sucesso são aquelas que se definem não pelo que aconteceu com elas, mas pelo que elas podem fazer com o que aconteceu.
O cérebro inventa um “fato alternativo” para nos ajudar a avaliar e compreender o que realmente aconteceu. Temos o poder, em qualquer situação, de escolher conscientemente um fato alternativo que nos faça sentir sortudos e não desamparados (Ex.: tiro no braço é bom, poderia ter sido na cabeça). Os otimistas tem o chamado “Estilo Explanatório Otimista”.
Técnica para desenvolver um estilo explanatório otimista. Modelo ABCD = Adversity, Belief, Consequence e Disruption:

ADVERSITY (Adversidade): Não temos como mudar;
BELIEF (Crença): Se esforçar para ver a adversidade como algo de curto prazo, uma oportunidade de crescimento ou algo confinado a apenas uma parte da vida;
CONSEQUENCE (Consequência): Se acreditamos na crença acima, as consequências serão positivas. Do contrário (se vermos com um olhar pessimista) as consequências serão negativas, e nesse ponto devemos aplicar a contestação;
DUSRUPTION (Contestação):Primeiro se convencer que a crença pessimista não passa disso, uma crença, e não um fato. Depois desafiar, ou contestar, em voz alta (fingir que a contestação vem de outra pessoa): Quais são as evidencias que sustentam essa crença? Ela é incontestável?

Principio 5: Circulo do Zorro (Ter o controle da situação traz felicidade).

Ao restringir o escopo dos nosso esforços primeiro e depois observar esses esforços produzirem o efeito pretendido, acumulamos recursos, conhecimento e confiança necessários para expandir o circulo.
As pessoas mais bem sucedidas são aquelas que acreditam que suas ações tem efeito direto sobre os resultados (“lócus de controle interno”), já as pessoas que possuem o lócus externo têm mais chances de acreditar que os eventos são ditados por forças externas. SENTIR-SE NO CONTROLE = SUCESSO.
Nossas ações são determinadas por dois comportamentos conflitantes: Um sistema emocional “automático” (reação lutar ou fugir – mecanismo defesa – adrenalina/stress) e outro racional “pensador” (sistema racional, pensar de maneira lógica, planejar o futuro). Sequestro emocional =quando o stress faz com que o lado emocional supere o racional.
Como retomar o controle do sequestro emocional:

Identificar como esta se sentindo e expressar em palavras, seja anotando em um diário ou conversar com um amigo ou confidente.
Identificar os aspectos da situação (fontes de stress, problemas cotidianos e metas) que se tem controle e os que não se tem para criar uma planilha e focar no que se tem controle.
Criar uma pequena meta que pode ser rapidamente atingida

Principio 6: Regra dos 20 segundos

Os hábitos são como um capital financeiro, construir um hoje é um investimento que renderá retornos durante anos a fio.
O hábitos se formam porque o cérebro muda em resposta a uma prática.
A força de vontade se desgasta, por isso é necessário exercitar a força de vontade. “Muitas formas de autocontrole usa um recurso em comum, o autocontrole, cuja força é limitada e facilmente exaurida”.
Somos intensamente atraídos pelas coisas mais fáceis, práticas e habituais (mais fácil ver televisão do que ir a jogar bola).
O Marketing utiliza isso, por exemplo, com o trial, que pede para a pessoa inserir o cartão para utilizar gratuitamente e a obriga a solicitar o cancelamento, caso desista, o que normalmente não ocorre e a pessoa começa a pagar.
No trabalho o caminho da menor resistência leva a uma série de maus hábitos que levam a procrastinação. Como acessar várias vezes durante o expediente redes sociais, e-mails e sites de noticias.
Regra dos 20 segundo: quanto mais pudermos reduzir, ou eliminar, a energia de ativação necessária para as ações desejadas, mais aumentamos a capacidade de dar inicio a mudança positiva.
Regras de engajamento: determinar regras para realizar determinadas atividades com objetivo de eliminar o stress e a incerteza de tomar certas decisões de segunda ordem (decisões simples que tomamos todos os dias, como por exemplo checar e-mails, acessar redes sociais, ler revistas, etc…).

Principio 7: Investimento social.

Quando nos deparamos com uma ameaça ou problema inesperado, a única maneira de nos salvar é nos agarrar às pessoas ao nosso redor e jamais solta-las.
As pessoas bem sucedidas se aproximam e recorrem a sua rede social e com isso são mais felizes, produtivas, envolvidas, energizadas e resilientes. Elas encaram os relacionamentos sociais como um investimento.
O Autor utilizou o exemplo da linha de defesa e dos quarterbacks: O sucesso do segundo se da muito em função dos primeiros, que asseguram a sua segurança para realizar os lançamentos com precisão e controle.
Da mesma forma como o apoio social é uma garantia de felicidade e um antidoto para o estresse, ele também contribui muito para a realização no ambiente de trabalho.
Um estudo realizado por alunos do MIT, que acompanharam 2.600 colaboradores da IBM, demonstrou que quanto mais esses colaboradores eram socialmente conectados, melhor era o desempenho apresentado.

PARTE 3 – O EFEITO PROPAGADOR

Espalhe o benefício da felicidade no trabalho, em casa e por toda parte.

Aplicar todos os sete princípios juntos aciona uma espiral ascendente de felicidade e sucesso, de forma que os benefícios se multiplicam em muito pouco tempo.
Os efeitos de um princípio acionam o outro, de forma que eles passam a ser muito mais do que apenas a soma das partes. Juntos, eles podem nos levar mais longe do que seria possível se os aplicássemos isoladamente.
Nossas atitudes e comportamentos não só afetam as pessoas com as quais interagimos diretamente, como também se estendem as pessoas em três graus de influência.
O contágio emocional positivo tem início quando mimetizamos subconscientemente a linguagem corporal, o tom de voz e as expressões faciais das pessoas que nos cercam.
O ato de sorrir, por exemplo, faz seu cérebro achar que você esta feliz. Os cientistas chama isso de feedback facial, que constitui a base da recomendação “Finja até virar verdade”. Há evidencias de que mudar o seu comportamento primeiro pode acionar a mudança emocional.

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